PT:
Pela primeira vez, o Brasil conta com informações oficiais sobre a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com o Censo Demográfico 2022, 2,4 milhões de brasileiros, o que representa 1,2% da população com dois anos ou mais, receberam diagnóstico de TEA.
Os dados mostram que a prevalência é maior entre homens, com 1,5%, em comparação às mulheres, que apresentam 0,9%. A faixa etária mais expressiva é a de crianças entre 5 e 9 anos, onde 2,6% foram identificadas com o transtorno, o que equivale a uma em cada 38 crianças.
Quanto à etnia, o diagnóstico aparece com maior frequência entre pessoas brancas, chegando a 1,3%, seguidas por pessoas negras, com 1,1%, e indígenas, com 0,9%. Essa diferença está relacionada, em grande parte, ao acesso à saúde.
Entre os estados brasileiros, a prevalência varia de 1,0% a 1,6% da população. São Paulo concentra o maior número absoluto de diagnósticos, com 548 mil pessoas, enquanto Acre e Amapá apresentam os maiores percentuais proporcionais.
Esses resultados representam um marco histórico na visibilidade do autismo no Brasil e contribuem para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes, além de reforçar a importância da inclusão social.
ENG:
For the first time, Brazil has official information on the prevalence of Autism Spectrum Disorder (ASD). According to the 2022 Demographic Census, 2.4 million Brazilians — representing 1.2% of the population aged two years and older — have been diagnosed with ASD.
The data show that prevalence is higher among men, at 1.5%, compared to women, at 0.9%. The most significant age group is children between 5 and 9 years old, where 2.6% were identified with the disorder, equivalent to one in every 38 children.
In terms of ethnicity, diagnoses are more frequent among white individuals (1.3%), followed by black individuals (1.1%) and Indigenous peoples (0.9%). This difference is largely related to access to healthcare.
Across Brazilian states, prevalence ranges from 1.0% to 1.6% of the population. São Paulo has the largest absolute number of diagnoses, with 548,000 people, while Acre and Amapá show the highest proportional rates.
These results represent a historic milestone in the visibility of autism in Brazil and contribute to the development of more effective public policies, while reinforcing the importance of social inclusion.